terça-feira, 19 de maio de 2015

A MAIOR VITÓRIA DE TODOS OS TEMPOS (até agora...)


Imagine se os jornais estampassem as seguintes manchetes em suas capas:

A TIME não está sozinha...
“O aumento do consumo de carboidratos e redução do consumo de gordura saturada estão relacionados ao aumento do risco cardiovascular. ”

“Não existem razões científicas para limitar o quanto consumimos de colesterol na dieta. ”

“As evidências científicas que ligam o consumo de gordura saturada ao risco de acidentes cardiovasculares são irrelevantes. “

“Reduzir o consumo de açúcar adicionado irá melhorar a saúde geral das pessoas. “

“Para pessoas sem problemas prévios de pressão arterial alta, não há porque limitar o consumo de sódio. “

Então...isso talvez esteja perto de acontecer!

Porque estas foram as recomendações da Academy of Nutrition and Dietetics, maior associação de profissionais ligados à Nutrição do mundo, ao DGAC, Comitê responsável por escrever as diretrizes de dieta nos EUA em 2015.

Inacreditável, não?

Mas está tudo lá, no documento que eles publicaram em seu site. Veja aqui o documento completo em inglês.

Melhor ainda são as consequências disso.

Apesar de ser bastante improvável que outras associações aceitem estas recomendações de imediato, agora você pode citar um único documento de uma respeitada associação mundialmente reconhecida para dizer aos seus amigos, parentes e até mesmo aos médicos e nutricionistas resistentes:

“Em geral, uma alimentação natural low carb, sem açúcar adicionado, que usa a gordura natural dos alimentos (inclusive saturada) como uma fonte de energia, é mais saudável que as alternativas”.

Se duvidarem, é só mostrar o artigo da Academy of Nutrition and Dietetics.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Barrinhas: como escolher a melhor (ou seria a menos pior?)

Mais uma colaboração da Dra Paula Mello em nosso blog!

O tema é bom! E quando você se encontra em uma situação não planejada em que não tem comida de verdade à disposição?

Dá pra comer barrinhas? Veja o que ela diz...

"Que bom seria não precisar nunquinha inserir um produto alimentício (comida industrializada) na alimentação do dia a dia. Com um pouco de organização é claro que isso é possível, mas imprevistos podem surgir e aí não tem jeito...

Vamos rezar para ter na bolsa/mochila/porta-luvas algum produtinho desses com a validade um pouco mais extensa que foi esquecido por lá para não “morrermos” de fome...

Em matéria de lanche prático, as barrinhas (dos mais variados tipos) são provavelmente a escolha preferida da maioria das pessoas.

E muitas vezes não são vistas como uma última opção, mas sim como a primeira escolha para compor um lanche supostamente “saudável” – é aí que mora o perigo.

Mas antes de tirar conclusões precipitadas, vamos conhecer os tipos de barrinhas existentes no mercado e quais as suas características?

Elas invadiram o mercado com o apelo de serem práticas (quanto a isso não há o que negar) e saudáveis (será?). 

Barrinhas de cereais

Acredito que foram as primeiras a se popularizar, principalmente pelo fato de terem baixo valor calórico. O problema é que a maior parte delas é composta essencialmente de carboidratos de baixa qualidade (alto índice glicêmico) – açúcar, xarope de glicose, maltodextrina, açúcar invertido, dentre outros – além de possuir pouquíssima fibra e proteínas.

Barrinhas de frutas

O mesmo pode ser dito sobre as barrinhas de frutas (aquelas de ameixa, laranja, banana, morango ou coco geralmente com chocolate) – possuem como principal nutriente o carboidrato (principalmente na forma de açúcar), baixa proteína e gordura e, em geral, de positivo apenas um pouco mais de fibras que as barrinhas de cereais.  

Infelizmente a gordura presente nesses produtos (barras de cereais e frutas) geralmente é de má qualidade (gordura vegetal) e está presente em maior quantidade naquelas que possuem cobertura de chocolate.

Barrinha de nuts

São um pouco mais recentes no mercado, formadas geralmente por um mix de castanhas, nozes e sementes parecem ser uma opção melhor do que as anteriormente descritas. Elas já são fonte de uma maior quantidade de proteínas e gorduras que estão presentes naturalmente nas oleaginosas – consequentemente tendem a dar uma maior saciedade.

Porém, infelizmente elas também vêm com uma quantidade de açúcar – que é perceptível a “olho nu” quando abrimos a embalagem: um xarope (de glicose) é utilizado para grudar as castanhas e organizá-las na forma de barrinha.

Além disso, como a maioria dos produtos industrializados, também possuem uma listinha de aditivos químicos.

Barrinhas de proteína

Já as barras de proteína são produtos voltados para o aumento do aporte proteico diário das pessoas.

Como o próprio nome já diz, elas contêm altos teores de proteína – as melhores utilizam como principal fonte a whey protein (proteína do soro do leite), proteína do ovo (albumina) ou proteína hidrolisada da carne, mas algumas também podem conter proteína isolada da soja (que já é considerada de pior qualidade).

A depender do tipo de barra, o teor proteico pode variar de 10 a 16 gramas – aquelas mais simples – até 25 a 32 gramas – aquelas classificadas como “substitutas de refeição”.

Pelo alto teor de nutrientes, via de regra, não é objetivo de nenhuma barrinha de proteína ter baixo valor calórico. Acredito que esse é o tipo de barrinha que encontramos as maiores variações de composição – tanto de nutrientes (quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e fibras) quanto ingredientes.

A maioria possui um teor moderado a alto de carboidratos (variam entre 8 e 50g, a depender do tamanho da barra) que geralmente são de baixa qualidade, mas existem também as versões low-carb, que possuem em torno de 3 a 5g de carboidrato e utilizam adoçantes naturais e/ou artificiais na composição.

Resumindo
A maioria das barrinhas (independentemente do tipo) possui uma lista de ingredientes extensa que inclui diversos aditivos químicos: espessantes, emulsificantes, acidulantes, aromatizantes, antioxidantes e corantes – para citar alguns.

Por isso, na minha visão, barrinhas ou quaisquer outros produtos alimentícios foram feitos para serem consumidos eventualmente e em situações em que há falta de opção, e não para ter como regra em uma determinada refeição.

O objetivo aqui não é citar marcas, e por isso não o farei, mas fato é: nem toda barrinha é ruim. Algumas possuem uma boa composição (alto teor proteico e de fibras, e baixo teor de carbo simples) e “boa” lista de ingredientes (com baixíssimo teor de aditivos) e podem ser consumidas (eventualmente) sem dor na consciência – é só procurar com muita atenção.

O importante é saber analisar o rótulo para fazer a melhor seleção! Na hora da escolha: primeira coisa é olhar a lista de ingredientes! Quanto mais alimentos e menos aditivos, melhor.

Segundo ponto, observar a tabela nutricional: mais proteínas, fibras e gorduras (do bem) levarão a uma maior saciedade e reduzirão o impacto negativo dos carboidratos sobre o aumento da glicemia.

Se o seu objetivo for emagrecimento, prefira aquelas com baixo teor em carboidrato (e que utilizem adoçantes naturais como stévia, eritritol e xylitol). Na verdade, essa dica serve para todos, independente de objetivarem ou não a perda de peso. 

Afinal, mesmo aqueles que buscam hipertrofia e estão consumindo um pouco mais de carbo na dieta não querem (e não devem) ficar se enchendo de açúcar, não é mesmo?

No final, coma comida de verdade a maior parte do tempo

A regra é: coma comida de verdade. Mas quando por qualquer motivo isso não for possível, pesquise e selecione aqueles produtos alimentícios que trarão o menor impacto negativo à sua saúde e atenderão a sua necessidade naquele momento.

Afinal, uma barrinha bem selecionada pode quebrar um galho quando a programação das refeições falhar.

Paula de Azeredo Mello
Nutricionista Clínica e Esportiva
CRN3 43939

Telefone para marcação de consultas: (11) 98204-7706

Caçando mais mitos - Mito #1 Mais gordura e proteína na dieta causa pedra na vesícula biliar

Guarde isso: uma alimentação LOW FAT - HIGH CARB (baixo teor de gordura e alto teor de carboidrato) tem maior chance de causar pedras na vesícula.

E o mecanismo é muito simples: você come pouca gordura, pouca bile é usada, ficando, portanto, armazenada na vesícula biliar. Com o tempo, pode haver precipitação de sais e formação de pedras

Existe uma associação conhecida entre síndrome metabólica, diabetes e obesidade com pedras na vesícula. E, como sabemos, uma alimentação com alto teor de carboidratos, especialmente os refinados, está relacionada com estas doenças!

Portanto, se quiser melhorar a saúde e reduzir as chances de ter estas pedras, o ideal é comer comida de verdade, com baixa carga glicêmica de preferência, usando a gordura natural dos alimentos como fonte de energia.

Tem vários estudos científicos que mostram estes efeitos. 

Se seu amigo ou médico disser que uma dieta rica em gorduras e/ou proteínas vai te levar a desenvolver pedras na vesícula, peça para ele ler os posts e estudos abaixo:






Se você já tiver pedras, a história é diferente! Alto consumo de gorduras pode causar dores e cólicas.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Vitamina D - saber mais sobre ela pode melhorar sua saúde!

Todos conhecem a importância da vitamina D, mas tem muitos fatos importantes que não chegam ao grande público. 

Você sabia, por exemplo, que os raios solares que ativam a síntese de sua forma utilizável no corpo são aqueles do "meio-dia"? 

Mas, calma lá! Não vá se expor ao sol do meio-dia por muito tempo para aumentar os níveis de vitamina D. 

Antes de qualquer coisa, entenda um pouco mais sobre ela e aproveite ainda mais seus muitos benefícios.


Traduzido do site Authority Nutrition. Veja o original aqui

"Você talvez se surpreenda em saber que a vitamina D é completamente diferente da maioria das outras vitaminas. Na verdade, ela é um hormônio esteroide produzido a partir do colesterol quando nossa pele é exposta ao sol. Por este motivo, ela é comumente chamada de vitamina “do sol”.

Entretanto, atualmente nossa exposição ao sol é inadequada na maioria dos casos, sendo necessário então ingerir mais através da dieta (ou por suplementos). E isso é importante, porque a vitamina D é muito importante para uma boa saúde. 

Infelizmente, apenas algumas comidas contêm quantidades significativas desta vitamina e a deficiência torna-se, então, frequente. Na realidade, de acordo com dados de 2005-2006, assustadores 41,6% da população americana é deficiente nesta vitamina/hormônio tão crítica.

Este artigo mostrará tudo que você precisa saber sobre a vitamina D.

O que é Vitamina D?


E uma das vitaminas solúveis em gordura (A, D, E e K), o que significa dizer que ela se dissolve em gordura/óleo e pode ser estocada no corpo por um longo tempo. Na verdade há duas formas principais que são encontradas nos alimentos:

  • Vitamina D3 (cholecalciferol): encontrada em alguns alimentos de origem animal, como peixes gordurosos e gema de ovo.
  • Vitamina D2 (ergocalciferol): encontrado em algumas plantas.

Das duas, a D3 é a que tem interesse para nós, porque é quase duas vezes mais eficiente em aumentar o nível sanguíneo de vitamina D do que a D2.

Resumindo, vitamina D é uma vitamina solúvel em gorduras que pode ser estocada por longos períodos e ocorre em duas formas, D2 e D3, sendo que a D3 é mais eficiente.

O que ela faz dentro do corpo?



A princípio, ela é bem inútil no corpo e precisa ser convertida duas vezes para se tornar ativa. Primeiramente, é convertida a calcidiol, ou 25(OH)D, no fígado. Esta é a forma que estocamos vitamina D no corpo. Depois, é convertida a calcitriol, ou 1,25(OH)2D, principalmente nos rins. Esta é a forma ativa da vitamina D.

O calcitriol navega pelo corpo, entrando nos núcleos das células. Lá ele interage com um receptor chamado “receptor de vitamina D”, que é encontrado em praticamente todas as células do corpo.

Quando a forma ativa de vitamina D se liga ao seu receptor, genes são ligados ou desligados, levando à mudanças nas células, similarmente a como outros hormônios esteroides funcionam.

É amplamente conhecido que a vitamina D afeta várias células relacionadas à saúde dos ossos, através de um comando às células do intestino para aumentar a absorção do cálcio e fósforo. 

Mas agora os cientistas descobriram que ela é envolvida em todos os tipos de processos, incluindo função imune e proteção contra o câncer. Então, pessoas que tem nível baixos de vitamina D terão deficiência de calcitriol (a forma de hormônio esteroide) e, na prática, terão níveis baixos de um hormônio essencial para o corpo.

Resumo: A vitamina D se transforma em calcidiol, a forma que é estocada, que então é convertida a calcitriol, a forma ativa. O calcitriol se liga a um receptor dentro das células, ligando ou desligando a expressão de genes.

Sol é a melhor forma de incorporar Vitamina D



A vitamina D pode ser produzida a partir do colesterol na pele, quando exposta ao sol. Os raios ultravioleta B (UVB) fornecem a energia necessária para esta reação ocorrer. 

Se você vive em um lugar que o sol é abundante o ano inteiro, então provavelmente você já tem níveis bons de vitamina D se tomar alguns dia de sol por ano.

Mas veja bem: você precisa expor uma grande parte do seu corpo. Se você expõe apenas o rosto, braços e mãos, então você vai produzir muito menos vitamina D. Se você usa protetor solar ou fica em locais fechados, também vai produzir menos, ou às vezes, nada.

Por isso que o conselho de se usar protetor solar para evitar câncer de pele é altamente questionável. Aumenta sua deficiência de vitamina D, o que talvez leve a outras doenças. Mas se você decidir que vai tomar sol para aumentar seus níveis, certifique-se de que nunca vai queimar a pele. 

Tomar sol é saudável, mas queimaduras provocadas por ele podem causar envelhecimento prematuro da pele e aumentar o risco de câncer de pele. Se você for ficar debaixo do sol por muito tempo, talvez faça sentido não passar protetor solar nos primeiros 10 a 30 minutos (dependendo de sua sensibilidade ao sol) e depois aplicá-lo.

A vitamina D pode ser estocada em seu corpo por um longo tempo, semanas ou meses, então você precisa apenas se expor ao sol ocasionalmente para manter os níveis sanguíneos adequados.

Dito isto, nem todo mundo (eu inclusive) vive em um lugar onde há sol o ano inteiro. Nestes casos, obter vitamina D a partir de alimentos ou suplementos torna-se absolutamente essencial, especialmente durante o inverno.

Resumo: O sol é a melhor forma de obter vitamina D, mas usar protetor solar atrapalha. Muitas pessoas não tem exposição adequado ao sol a maior parte do ano.

Poucos alimentos contem vitamina D em quantidades suficientes


Vejam o conteúdo de vitamina D de alguns alimentos:

ComidaQuantidade
de Vitamina D
% Valor diário
Óleo de fígado de bacalhau
1 colher de sopa
1360 IU / 34µg227%
Salmão cozido
85g
447 IU / 11µg75%
Atum enlatado com água
85g
154 IU / 4µg26%
Fígado de boi cozido
85g
42 IU / 1µg7%
1 ovo grande (a vitamina D
é encontrada na gema)
41 IU / 1µg7%
1 sardinha enlatada em óleo,
drenada
23 IU / 0.6µg


Apesar de peixes com mais gordura como salmão, cavalinha, peixe-espada, truta, atum e sardinha serem boas fontes, você teria que comê-los todos os dias para ter o suficiente. 

A única boa fonte alimentar de vitamina D são os óleos de fígado de peixe, como óleo de fígado de bacalhau, que contém até duas vezes o valor recomendado diário. 

Laticínios e cereais normalmente são fortificados com ela. Alguns cogumelos mais raros também contém vitamina D e gema de ovo tem um pouco também.

Resumo: Óleo de fígado de bacalhau é a melhor fonte de vitamina D3. Peixes gordurosos também são bons, mas você precisa comê-los com frequência para suprir suas necessidades. 

Deficiência de vitamina D é algo sério


A deficiência de vitamina D é uma das mais comuns. Algumas pessoas têm mais risco que outras. Apesar da média ser de 41,6%, este percentual sobe para 82,1% em negros e 69,2% em hispânicos. Idosos também tem maior chance de terem deficiência desta vitamina.

Quem tem algumas doenças também provavelmente terão deficiência. Um estudo mostrou que 96% de pacientes que sofreram ataques do coração tinham níveis baixos. 

Infelizmente, tal deficiência é uma epidemia silenciosa. Os sintomas são sutis e talvez levem anos para aparecer.

O sintoma mais conhecido da deficiência de vitamina D é uma doença chamada raquitismo, comum em crianças de países em desenvolvimento.

Entretanto, devido à políticas públicas de saúde, alguns alimentos passaram a ser fortificados com vitamina D, o que levou à eliminação de raquitismo nas sociedades Ocidentais. 

Deficiência em vitamina D também foi associada com osteoporose, densidade mineral reduzida e maior risco de fraturas em idosos. Estudos mostraram um maior risco de doença cardíaca, diabetes (1 e 2), câncer, demência e doenças autoimunes, como esclerose múltipla, apenas para listar algumas. Também foi associada a um risco aumentado de morte por todas as causas. 

Ainda não se sabe se tal deficiência contribui para a ocorrência destas doenças ou se as pessoas com baixos níveis desta vitamina têm maiores probabilidades de desenvolverem-nas.

Resumo: Deficiência em vitamina D é uma causa conhecida de uma doença nos ossos chamada raquitismo, em crianças. Entretanto, também foi relacionada com vários outros problemas de saúde, assim como expectativa de vida reduzida. 

Benefícios à saúde



A vitamina D tem recebido atenção considerável nos últimos anos e décadas. Pesquisas tem recebido bastante financiamento e centenas de estudos tem sido feitos.

Veja os potenciais benefícios de se obter bastante vitamina D:

  • Osteoporose, quedas e fraturas: Doses mais altas de vitamina D podem ajudar a prevenir osteoporose, quedas e fraturas em idosos.
  • Força: suplementação pode aumentar a força em ambos membros inferiores e superiores.
  • Câncer: Vitamina D pode ajudar a prevenir câncer. Um estudo mostrou que 1100 IU por dia, junto com cálcio ajudou a diminuir o risco em 60%.
  • Depressão: Alguns estudos têm mostrado que suplementar vitamina D pode reduzir levemente os sintomas em pessoas com depressão.
  • Diabetes Tipo 1: Um estudo em crianças concluiu que 2000 IU de vitamina D por dia reduziu o risco de diabetes tipo 1 em 78%.
  • Mortalidade: Alguns estudos mostraram que a suplementação reduz o risco de mortalidade por todas as causas durante o período do estudo, indicando que talvez ela prolongue sua vida.

E isso é apenas a ponta do iceberg. Baixos níveis de vitamina D foram relacionados com muitos tipos de doenças e a suplementação mostrou vários outros benefícios.

Entretanto, esteja ciente de que não há provas definitivas. De acordo com uma revisão de 2014, mais evidências são necessárias para confirmar muitos destes benefícios.

Resumo: Tomar suplementos de vitamina D tem mostrado inúmeros benefícios relacionados ao câncer, saúde dos ossos, saúde mental e doenças auto imunes, para citar alguns.

Quanto devo tomar?



A única forma de saber se você tem deficiência é medir os níveis de vitamina D no sangue.

Seu médico verificará a forma de estoque (calcidiol, 25(OH)D). Qualquer nível abaixo de 12ng/mL será considerado deficiente e acima de 20ng/mL, adequado.

A recomendação diária é:

  • 400 IU (10 mcg): Bebês, de 0 a 12 meses.
  • 600 IU (15 mcg): Crianças e adultos, 1-70 anos de idade.
  • 800 IU (20 mcg): Idosos, grávidas e lactantes.

Apesar do limite inferior para a deficiência de vitamina D ser de 12ng/mL, alguns especialistas acreditam que as pessoas deveriam ter níveis sanguíneos acima de 30ng/mL para prevenir doenças e melhorar a saúde.

Além disso, muitos creem que a recomendação diária é muito baixa e que as pessoas precisam de muito mais para atingir tais níveis ótimos no sangue. De acordo com o “Institute of Medicine”, o limite superior seguro é de 4000 IU, ou 100 microgramas por dia.

Para pessoas com maior risco de deficiência, talvez esta seja uma boa quantidade. Às vezes, médicos recomendam ingerir muito mais que isso. Certifique-se de que está ingerindo vitamina D3 e não D2.

Cápsulas de vitamina D3 estão disponíveis na maioria dos supermercados e lojas de itens de saúde, além da loja virtual da Amazon.


O que acontece se você tomar em excesso?


Existe um mito de que é fácil ter uma overdose de vitamina D. Intoxicação por vitamina D é muito rara e apenas acontece com doses muito altas e por muito tempo. 

Eu vivo em um lugar onde há pouco sol ao longo do ano, então ingiro de 4 a 5 mil IU por dia de suplemento. Já faço isso há muitos anos e acho que é parte essencial de minha estratégia para se ter uma boa saúde.

Se você quiser saber mais, eu recomendo fortemente o site da “Vitamin D Council”. Ele possui um monte de materiais baseados em evidências científicas.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Especialista inglês quer acabar com o mito da obesidade relacionada à falta de exercícios

Tradução da matéria do Daily Mail. Original aqui.


"Médicos culparam o excesso de açúcar e carboidratos pelo aumento da obesidade – não a falta de exercício físico.

Eles disseram que uma alimentação inadequada é reconhecidamente responsável por mais doenças do que sedentarismo, álcool e fumo combinados.

Ainda assim, afirmaram os especialistas liderados pelo cardiologista Aseem Malhotra, as pessoas acreditam erroneamente que a obesidade é causada por um estilo de vida sedentário.

A obesidade cresceu assustadoramente nos últimos 30 anos, apesar de poucas mudanças no nível de atividade física.

“Isso coloca a culpa de nossa cintura crescente no tipo e quantidade de calorias que consumimos”, disse Dr Malhotra.

“Devemos acabar com o mito da obesidade associada à falta de exercício físico. É impossível compensar uma alimentação ruim.”

No British Journal of Sports Medicine os médicos colocaram que esta falsa percepção da causa da obesidade é culpa do marketing assustadoramente similar ao que foi usado pela indústria do tabaco.

Eles citaram a Coca Cola, que associa seus produtos ao esporte, sugerindo que não há problema em consumir suas bebidas desde que você se exercite.”

Dr Malhotra, que trabalha no Frimley Park Hospital, em Surrey, é um conselheiro no grupo de ativistas “Action on Sugar”.


Cerca de 2/3 dos britânicos estão com sobrepeso ou obesos.